"O jogo começou aperta START, na vida você ganha você perde meu filho, faz parte!"
(Marcelo D2 – Loadeando)
Um ano novo já começou, enquanto escrevo já se foi metade do mês 1 de 12.
2024 promete ser um ano de muitas coisas.
Se você me acompanha lá pelo insta, sabe que já fiz alguns planos e estabeleci algumas metas.
"Tudo certo então né?"
As coisas que estão acontecendo no offline, levaram minha ansiedade a picos que eu só vivenciei lá em 2016, e posso te dizer com toda segurança: eu não quero voltar para aquele ponto.
Eu já estive lá e sei que não foi bom.
Só para contextualizar, em 2016 eu fiquei muito doente. Doenças que me acompanham até hoje. Somado a isso tinha uma tristeza. Também foi o ano que sai de casa, da cidade em que morei a vida toda. Mudei de cidade e de Estado. Larguei o trabalho em uma ótima empresa ganhando 3x mais do que ganho hoje.
Ou seja, tudo que tinha para ser mudado eu mudei.
"Ta bom, mas e agora?"
Como eu disse antes, eu já estive lá e não vou voltar.
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Essa semana recebi uma mensagem que dizia mais ou menos assim:
"A Nós em Nós vai muito além da loja, das plantas, dos produtos que você vendia ou vende. A Nós em Nós é sobre nós, a essência de viver, nossa casa, corpo, mente, vida... Seja para cuidar, nutrir, corrigir... "
Eu sempre disse para mim mesma:
"Eu não sou a Nós em Nós, mas a Nós em Nós é sobre mim!"
A Nós em Nós é algo muito mais amplo do que eu jamais poderei sei. Os planos que tenho pra ela, envolvem muitas almas, mas ela sempre será uma cópia fiel das coisas que preciso ouvir, falar, fazer e sentir.
Se falo de autocuidado, também é para mim.
Se falo de afeto, também é para mim.
Se falo de lar, de memórias, de sensações... também será para mim.
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Ontem passando os stories, vi minha amiga Julia Fontes (@julia__fontes) fazendo um bordado lindo (como tudo que ela faz) e pensei sobre o quanto me afastei das manualidades. A Nós em Nós nasceu do manual, mas a vida vai acontecendo e eu fui me afastando.
Olhando ela bordado, pensando sobre esse afastamento, a ansiedade veio e eu sabia que precisava largar o celular.
Fui para a sala e comecei a preparar um escalda pés.
Preparei também um chá.
Ascendi uma luz amarela acolhedora.
Coloquei os sais na bacia e mais 2 gotinhas de óleo essencial de lavanda.
Joguei a água quente e o vapor inundou a casa com aquele aroma.
Fui em busca da edição n.1 da revista da Casa de Colorir, que foi lançada na pandemia e que, vejam só, eu ainda não tinha terminado.
Respirei fundo, coloquei os pés na água e iniciei a leitura...
Num certo ponto li uma entrevista feita com a neta da Clarisce Lispector.
*nota mental: preciso ler algum livro de Clarice Lispector.(me indica um nos comentários)
A entrevistada era Mariana Valente, e com peito aberto ela compartilhou sobre sua história -pessoal e familiar - e também sobre o processo com as colagens.
E ai pensei: "Por que não?"
Finalizei a leitura e corri para umas edições antigas de Casa Vogue e Casa e Jardim que tenho em casa.
O resultado está logo no início desse texto, que acredito eu, podemos chamar de crônica (algo que sempre amei ler, e me afastei. Por que?)
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Inspirar a seu tempo: ano novo reflexões antigas
Ao iniciar a colagem fui em busca de criar algo que pudesse retratar aquele momento presente.
As palavras quase saltaram das páginas.
INSPIRAR
Pode ser no sentido de deixar o ar entrar. Algo que eu sabia ser necessário no momento presente.
Mas também pode ser no sentido de nutrir ao outro, mas antes de tudo, a mim mesma.
Em tempos de criação de conteúdo, inspirar o outro virou algo quase obrigatório.
Mas a gente só da aquilo que tem, certo?
A SEU TEMPO
Essa me pegou. Porque uma das maiores 'lições aprendidas' lá em 2016 foi de que eu precisava e iria respeitar mais o meu tempo. "E agora? Vamos cumprir essa promessa?"
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Finalizo esse texto com mais um trecho da mensagem que dizia que a Nós em Nós é sobre nós:
"Ela é sobre ser um adulto que busca ser saudável e responsável, com bem-estar e autoestima autênticos. Conteúdos, que inspiram e são necessários, para uma internet doente que precisa de conteúdos saudáveis e importantes! Com toda a responsabilidade e leveza que você sabe trazer! "
Então sigamos juntas com responsabilidade e leveza.
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Escrevi esse texto ao som de Maria Bethânia um grande exemplo de força e leveza.
Na era dos shorts e reels, não sei se alguém chegará a ler esse texto até o fim. Se você chegou, me conta se você se conectou com algo, bora conversar?
Tudo que precisava ser mudado eu mudei. Inspirar a seu tempo: uma crônica sobre um ano novo com reflexões antigas.
Nossa! Como seu texto falou comigo. Tenho buscado me conectar diariamente com aquilo que me ajuda a não entrar no looping infinito de medos típicos da ansiedade: atividade física, oração, menos rede social...
Gostei da colagem! Fiquei com vontade de tentar também.